CASO THAÍS MEDEIROS: SECRETARIA DE SAÚDE DE GOIÂNIA AFIRMA QUE ELA NÃO SE ENCAIXA NOS CRITÉRIOS DE ATENDIMENTO DOMICILIAR

Já dura um ano a luta da jovem Thais Medeiros, de 26 anos, pela própria sobrevivência. Em 17 de fevereiro de 2023, Thais sofreu uma parada cardiorrespiratória após uma grave reação alérgica cheirar uma conserva de pimenta bode na casa do então namorado, em Anápolis.

Atualmente a família da jovem busca a ajuda para garantir o tratamento de Thaís em casa, ou seja, atendimento home care. A justiça já determinou que o Município de Goiânia envie uma Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) para realizar esse atendimento, mas segundo a família isso nunca aconteceu.

A decisão foi tomada no dia 29 de janeiro de 2024. E o prazo para eles prestarem o serviço se encerrou no dia 07 de fevereiro. O juiz também deixou um aviso de que, caso o Município não cumpra a decisão, irá bloquear, nas contas públicas, o valor necessário para que a família contrate o atendimento domiciliar particular.

Neste momento, a família conta com o apoio da empresa Home Care Center, que se comoveu com o caso da Thais e presta o serviço de forma gratuita até que a Prefeitura de Goiânia cumpra a decisão judicial.

Em nota enviada ao Manchete Goiás, a Secretaria Municipal de Goiânia afirma que o Sistema Único de Saúde (SUS), não reconhece nenhuma política pública de Home Care. E que Goiânia custeia, com recursos próprios, um serviço para pacientes que saem da UTI, vão para casa e precisam de respiradores, ou seja, não conseguem respirar sozinhos, o que não é o caso da paciente em questão.

Portanto, ela não se enquadra nos critérios de atendimento do serviço municipal e, por isso, o município recorreu da decisão.

E finaliza a nota dizendo que, o serviço que Goiânia poderia oferecer, que são visitas regulares em casa por uma equipe multidisciplinar de saúde, já é ofertado pelo Crer, onde Thais é paciente.

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